Embalada pelo Afrobeats, “Amor” é a terceira faixa da carreira solo do cantor e compositor beninense
O amor marcado pelo que há de mais intenso e lindo, mas também por desafios e desencontros. Esse é o ponto central de “Amor”, novo single do cantor e compositor Dandy BJ, que chega às plataformas digitais.
A canção é a terceira faixa da carreira solo do artista beninense, que mergulha no Afrobeats, gênero que sintetiza diversos ritmos da música contemporânea da África Ocidental, com destaque para Nigéria e Gana, mas também de movimentos diaspóricos. Tem influência, por exemplo, do Afrobeat, do Hip-hop, Reggae, House, R&B, entre outros.
– Esse trabalho é o resultado de equipe do meu produtor musical Bizzy Brayne e meu. “Amor” é uma música doce e leve que fala de um amor difícil, de duas pessoas que se amam, mas que não dão certo juntos. Trata-se de um afrobeats com um pouco de drums de Amapiano, gênero sul-africano – explica Dandy BJ.
Conexão Benim – Brasil
Nascido em Cotonou, maior cidade da República do Benim, no continente africano, Dandy BJ foi influenciado desde a infância pelos irmãos, que cantavam no coro na igreja.
A sua trajetória na música começou com o grupo Fake Brothers, em parceria com Simledro. Nessa fase, fizeram muitas músicas juntos dos gêneros Pop e Rap franceses, com os quais se destacaram.
Sobre seu nome artístico, “Dandy” é uma palavra francesa que significa “elegante”, “posturado”. Ele iniciou a carreira apenas como “Dandy” e adicionou o “BJ” em referência ao seu país de origem.
Em 2019, o cantor chegou ao Brasil e continuou carreira solo nos gêneros Afrobeats, Amapiano e outras sonoridades africanas. Estabeleceu-se desde então em Niterói, no bairro de São Lourenço.
A voz do Afrobeats no Brasil
As referências de Dandy BJ na busca de melodias e nas composições são os grandes artistas do Afrobeats, como Burna Boy, WizKid, Adekunle Gold e Rema. Ele relembra a vontade de produzir novas músicas e desenvolver a carreira solo desde quando chegou ao Brasil e os desafios do gênero no novo país.
– Estava com saudade de cantar, compor e estar em um estúdio. Do nada, falei com um amigo que tem uma gravadora e me fez uma proposta de um beatmaker no Brasil. Estava com um pouco de medo de não conseguir espaço para o Afrobeats no Brasil, pois o gênero ainda está buscando maior espaço por aqui. Mas conseguimos fazer nosso primeiro single por aqui, “Mamacita”. Depois, veio “Ciumenta” – recorda.
Sobre seus sonhos no mundo da música, ele revela o desejo de se tornar uma voz importante na popularização do Afrobeats no Brasil para além das canções e projeta o lançamento de um EP.
– Eu percebo que o Afrobeats no Brasil não é tão famoso enquanto gênero, mas esses grandes artistas internacionais são muito ouvidos pelos brasileiros. Eu quero ser uma referência do Afrobeats no Brasil e apresentar o gênero para o público daqui lançando um EP em breve.